Cristiano de Almeida, nds

A Paróquia Nossa Senhora Consolata acolheu diversos missionários para adentrar seu espaço territorial levando a mensagem de Cristo Ressuscitado. Estes missionários eram formados pelos religiosos de Sion em seus diversos níveis, sacerdotes, irmãos, irmãs - apostólicas e contemplativas, formandos - postulantes e aspirantes e associados de Sion.

A Paróquia Consolata está sob a custódia dos Religiosos de Sion desde o final de 2014. Padre Gilmar, o primeiro pároco, e os padres Espedito, Manoel, Ilário e Wander foram seus vigários até então. A paróquia fica no bairro Benfica, rodeado por quatro comunidades, ou favelas, a mais conhecida sendo a da Mangueira - aquela da Escola de Samba - onde há uma capela em honra a Nossa Senhora da Glória. Outra comunidade é a Telégrafo, com a capela de Nossa Senhora de Todos os Povos; outra capela é a Nossa Senhora das Graças, e num outro lado no “bairro” chamado Herédia, a capela Nossa Senhora de Fátima. São, portanto, quatro capelas e quatro comunidades, uma distinguindo-se totalmente da outra.

No meio destas comunidade está a matriz Consolata, que unifica todas as comunidades num território pequeno, mas que populacionalmente é grande, aproximadamente 70 mil habitantes. A proposta, segundo o pároco, era que a missão se desenrolasse nas comunidades e não diretamente na matriz, que os missionários se aventurassem a descobrir um Rio de Janeiro e um povo que se esconde nas diversas vielas, becos, travessas, ruazinhas e amontoados.

Nem todos que moram nas ditas favelas são pessoas más ou usuárias de entorpecentes ou bandidos ou coisas que talvez as mídias e a ignorância nos levam a pensar, mas um povo sedento da Palavra de Deus, de oração, de vontade de estar junto a Deus. Bem verdade que nem todos que moram ali são de religião católica, mas até mesmo os ditos ‘não crentes’ foram receptivos à mensagem e proposta desta missão.

Os missionários foram recebidos como moradores, andavam por ali e eram reconhecidos como tal, não simplesmente pessoas crentes e que estão próximas de Deus, mas pessoas que levam um mensagem de conforto, alegria e salvação. O grupo organizador dividiu os missionários em 4 grupos, são eles: Verde - Telégrafo: Padre Edivan, Irmã Josélia, Silvanete, postulante Rodrigo, postulante Rafael, postulante Jorge e aspirante Jônatas; Azul - Arará: Padre Osmar, Irmã Oberdan, Irmã Jilvaneide, postulante Edgar, postulante Igor, aspirante Paulo e aspirante Gabriel; Amarelo - Herédia: Padre Ilário, Irmã Ivete, postulante Estevão, postulante Osvaldo, postulante Wellington, postulante Marcos e postulante Lucas; Branco - Mangueira: Padre Wander, Irmão Cristiano, Irmã Cida, Irmã Diva, postulante Elivelton, postulante Gean e aspirante Francisco.

Além destes tivemos a presença do Padre Béo e do Pe Gilmar que auxiliaram nas diversas comunidades e na matriz. O Superior Geral dos Religiosos, Padre Donizete e a Provincial das Religiosas, Irmã Zezé, estiveram na missa de Abertura das Missões na Consolata. A palavra deixada para os missionários do Padre Superior foi: “Semeai, e não se preocupem com a colheita, pois caberá a Deus receber as primícias”.

No segundo dia, pela manhã, os missionários tiveram uma formação com o Padre Donizete sobre o início de Sion, a partir das cartas de Padre Theodoro às Madres de Sion: Sophie Stouhlen e Louise Weywada (o conteúdo desta formação está no Boletim In Sion n.14) e uma carta do Padre Superior dos Mínimos ao Padre Theodoro, dias após o 20 de Janeiro.

À tarde os missionários foram às comunidades, onde foram recepcionados pelos coordenadores e paroquianos para as visitas às casas. Na terça-feira pela manhã a missão foi no território da matriz, no bairro do Benfica. À tarde os missionários retornaram às suas respectivas comunidades. Quarta-feira pela manhã houve duas palestras: Irmã Ivete falou de Maria, a filha redimida de Israel; Irmã Jilvaneide falou sobre o Congresso Internacional Cristão Judaico de Sion em Budapeste na Hungria.

À tarde mais missão: cada grupo com suas diversas programações. Já na quinta-feira a missão começou cedo, porém no bairro Benfica; à tarde novamente retornamos às comunidades. Sexta-feira, palestra na parte da manhã com o Padre Ilário, que falou sobre o Calendário Judaico, como funciona a partir de suas festas. Como curiosidade ele nos mostrou como funcionam os Zodíacos a partir de versículos bíblicos. No almoço fomos recepcionados por uma notícia muito triste para nós de Sion, que foi a morte de nossa Irmã Nésia, que morava na Casa de Idosas no Cosme Velho, e que estava de idade avançada.

Este dia foi diferente, pois seria o dia de descanso pela tarde. Porém, com esta notícia, irmãs e alguns irmãos foram à casa do Cosme Velho para ver no que podiam ajudar. Sábado pela manhã estava marcado uma formação com o Padre Béo sobre a Espiritualidade Sioniana; contudo, com a morte de nossa irmã Nésia, fomos todos à missa de corpo presente na capela do Colégio Sion, no Cosme Velho. A missa foi presidida pelo Padre Ilário, e concelebrada pelos padres Beo, Edivan e Gilmar. A assembleia se fazia com os missionário religiosas das comunidades do Cosme Velho e familiares da irmã falecida. A Sion celeste recebia uma filha da Sion terrestre.

Após a missa alguns foram à capela mortuária das Religiosas, que ficava em Botafogo, para o sepultamento da religiosa. Sábado à tarde seria o encerramento de toda a semana missionária. A hora de celebrar a vitória de uma semana em que se realizaram inúmeras benfeitorias tanto para o povo que recebia a visita dos missionários quanto para os missionários que receberam do povo a motivação vocacional para a qual Deus chamou todos os batizados: Profeta, Pastor e Sacerdote.

Lembro uma frase dita no fim das celebrações e encontro com o povo da Capela da Glória: “Perdemos hoje uma Filha de Sion, mas ganhamos com esta semana inúmeros filhos, irmãs e irmãos de Sion, vocês agora fazem parte desta grande família sioniana.”

Finalizamos mais uma semana missionária. Para mim é a quarta, pois já estive na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no Distrito de Arcadas, em Amparo, em 2014, Castro na Paróquia Nossa Senhora do Rosário no ano de 2015, na Paróquia Nossa Senhora de Sion, em São Sebastião do Paraíso, em 2017, e este ano de 2018, na Paróquia Nossa Senhora da Consolata, no Rio. Uma missão diferente da outra, uma experiência que faz enriquecer a vida de um jovem formando ao sacerdócio em Sion. Como é bom ser útil na vida do povo ajudando-os a se aproximar cada vez mais do Altíssimo. Que venha a próxima, 2019 aí vamos nós.