Quem São os Antissemitas na Europa Hoje?

Cristóvão O Silva


Em junho de 2017, o Centro para Estudos sobre o Holocausto e a Universidade de Oslo, publicaram os resultados de uma pesquisa realizada na França, Reino Unido, Suécia, Noruega, Dinamarca e Rússia, que buscou identificar, nestes países,  o perfil das pessoas que cometem atos antissemitas (violência e ameaças). A pesquisa foi conduzida pelo professor Johannes Due Enstad, da Universidade de Oslo, e encontra-se publicada nos sítios web das respectivas instituições.

Gráfico na pesquisa mostrando os agentes do antissemitismo.
​Judeus nestes 6 países foram abordados com a seguinte questão: “Nas ocasiões em que você foi atacado ou ameaçado pelo simples fato de você ser judeu, que tipo social de pessoa lhe fez isso?”

Segundo um gráfico publicado no texto final da pesquisa, muçulmanos extremistas representam a maioria dos perpetradores na França, Suécia, Alemanha e Reino Unido. França e Suécia lideram o ranking de antissemitismo islâmico com 53 e 51 por cento, respectivamente. No Reino Unido e na Alemanha, muçulmanos extremistas são responsáveis por 36 e 34 por cento dos casos de violência e ameaça contra judeus pelo simples fato de serem judeus.

Outros perfis, porém, aparecem na pesquisa. Esquerdistas representam a segunda fonte principal de antissemitismo nos países em que a pesquisa foi realizada. Na Suécia e na França, por exemplo, 25 e 18 por cento dos casos de antissemitismo são cometidos por pessoas politicamente orientadas à esquerda. Apenas na Alemanha, entretanto, pessoas de orientação política de direita superam as de esquerda nos casos de antissemitismo: na Alemanha os direitas são responsáveis por 11 % dos casos de antissemitismo enquanto que esquerdas somam 9 %.

No Reino Unido e na França, cristãos extremistas representam 6 e 3 % respectivamente dos casos de antissemitismo (ameaças e violência contra judeus pelo fato de serem judeus).

A Rússia mostrou-se, segundo a pesquisa, o país com menor índice de antissemitismo. De 2005 a 2015, apenas 33 incidentes foram registrados para uma população de 190.000 judeus.

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Desde o Concílio Vaticano II, como um fruto do próprio Concílio, a Igreja Católica tem-se esforçado por conscientizar os seus fiéis a respeito de quão anticristã é a prática do antissemitismo. ​