“Esta vocação é viver na Igreja, tão plenamente quanto possível, o Israel fiel e realizar, tão perfeitamente quanto possível, com Israel, a atitude verdadeira de nossa Igreja. A nossa espiritualidade deverá ser, de certo modo, a de Israel realizada em Cristo e em sua Igreja: ela será alimentada com a Escritura, será centrada na pessoa de Cristo em quem esta dupla atitude se realiza perfeitamente, terá os horizontes católicos do povo de Deus que surgem dos dois testamentos. Ela encontrará seu modelo divinamente designado em Maria, exemplar do verdadeiro Israel e da Igreja para com o Cristo, como o Cristo o é em relação ao Pai. É esta espiritualidade inspirada por nossa missão e adaptada às suas exigências que será a fonte de nossa ação e de nosso testemunho eficaz e adaptado. Ela deverá excluir radicalmente todo “farisaísmo”, todo compaixão altiva, toda estreiteza em nosso espírito e em nossa ação; deverá entreter o desejo de alimentar em nós a consciência de nossa vocação pela oração e pela meditação, mas também pela intelecção da Escritura e da Igreja, pelo conhecimento do Judaísmo e da alma judia. Além de suscitar o desejo de conhecer a vida e a alma judias, ela nos ajudará a compreender e a comungar com tudo o que há de autêntico nelas, para relacioná-las com Cristo.”

Paul Déman

In Sion XV